( Rogéria Pinheiro)
Pegando carona na viagem do Magari blu pela Jordânia, falaremos do vizinho Israel, que, juntos, podem ser uma combinação incrível para a viagem. O destaque vai para Tel Aviv e Jerusalém. Muito além da religiosidade!
Israel tem a costa oeste banhada pelo Mar Mediterrâneo, água de um tom azul profundo e cristalino em praias mais que badaladas, como as Praias Gordon e Hilton em Tel Aviv – point animadíssimo da turma LGBT que, inclusive, é super bem-vinda na cidade, diferentemente de outros destinos do Oriente Médio
A rica e intensa Tel Aviv surpreende os mais desavisados, que esperam encontrar na cidade uma sobriedade que, devo dizer, passa bem longe de lá. Tel Aviv é o centro cultural de Israel, perfeita para os amantes de uma boa diversão. Vibrante, é o lar de renomados DJs da cena da música eletrônica internacional, além de oferecer gastronomia refinada, boulevards super agradáveis cheias de lojas, antiquários e cafés.
A história da cidade começa em Jaffa ou Yafo, 3.000 anos atrás. Reserve uma tarde para almoçar e depois percorrer as charmosas ruelas e o Gan HaPisga, Jardim do Pico, que abriga restaurantes, galerias de arte e lojas de artesanato local, além de observar as construções e as muralhas da cidade antiga a partir do calçadão à beira mar.
Há muito para ver em Israel, mas depois de uma parada estratégica em Tel Aviv, o melhor é seguir direto à tão esperada Jerusalém! A capital tem o poder de avivar todos os sentidos, tantas são as sensações vividas por lá
Berço das três religiões monoteístas mais importantes – judaísmo, islamismo e cristianismo -, é um centro religioso muito rico, e, ainda para os que não se interessam por religião, é um mergulho na história, afinal são mais de 6 mil anos para se explorar
A cidade exibe uma beleza peculiar e visitar Jerusalém é se perder pelas estreitas ruelas da Cidade Velha, cheia de mercados coloridos. O local, por 18 séculos, esteve sob o domínio estrangeiro, mas os judeus sempre estiveram por lá, e afirmam ser maioria desde 1870
Desde 1981, a área murada do século XVI é tombada como Patrimônio da Unesco e entre os 8 portões estão diferentes estilos arquitetônicos, línguas e mercados, cada um em seu bairro: judeu, armênio, cristão e muçulmano.
No bairro judeu, está um dos lugares mais sagrados para o seu povo, o Muro das Lamentações. Último vestígio do templo de Herodes, foi erguido há mais de 2 mil anos. Lá se reunem no Shabat e em feriados nacionais, fazem orações e é onde acontece a introdução de adolescentes na Lei dos Judeus.
No quarteirão cristão, há mais de 40 igrejas, monastérios e albergues que foram construídos para os peregrinos. O ápice da visita é a Igreja do Santo Sepulcro, ou a Igreja da Ressurreição, que, de acordo com a tradição cristã, foi o lugar no qual Jesus foi crucificado e enterrado depois da sua caminhada final pela Via Dolorosa ou Estações da Cruz. Já para os muçulmanos, a Cúpula da Rocha no Monte Moria é considerado o local mais sagrado.
Não deixe de ir ao Museu do Holocausto, o maior museu do mundo dedicado ao massacre de 6 milhões de judeus na II Guerra Mundial. Lá estão expostos depoimentos, objetos pessoais das vítimas e uma rua de um campo de concentração é reproduzida com artigos originais.
Jerusalém também oferece uma cena gastronômica de altíssimo nível, capaz de agradar aos paladares mais exigentes, além de excelentes hotéis.A partir de Jerusalém, é possível também fazer um passeio de um dia inteiro ao Mar Morto e dar aquele “mergulho” nas águas mais salinizadas do mundo
No caminho, a parada obrigatória é Massada, um dos lugares mais excitantes e mais procurados por quem visita Israel. O local conta uma história de perseverança e poder, fé e rendição, aspirações e até um fim trágico. No topo de uma íngreme montanha, com vista para o deserto no ocidente, e para o Mar Morto no oriente, a incrível história do local revela a coragem de seus defensores e toda sua luta contra os invasores romanos
A melhor época para visitar o país é entre abril e maio e entre setembro e outubro, mas podem ser períodos bem concorridos devido aos principais feriados judaicos. Uma dica para se preparar para a viagem é ler o livro ”De Amor e Trevas”, do israelense Amós Oz, que venceu o Prêmio Goethe em 2004.
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